GÊNEROS INSTRUCIONAIS NO LIVRO DIDÁTICO: UMA PROPOSTA PARA O LETRAMENTO*

(INSTRUCTIONAL GENDER IN THE DIDACTIC BOOK: A SUGGESTION TO LITERACY)

 

Wagner Rodrigues SILVA (Universidade Estadual de Campinas/CAPES)

 

 

ABSTRACT: The aim of this paper is to present a quantitative investigation of the instructional gender selected by the didactic book in relation to the other discursive gender in it. Another aim is to show a qualitative investigation of the instructional gender approach in the didactic book.

 

KEYWORDS: Didactic book; instructional gender; literacy.

 

 

 

0.        Introdução

O livro didático é um dos materiais mais importantes para o desempenho da docência.   Ao refletirmos sobre a sua qualidade, não podemos deixar de questionar o seu papel na sala de aula.   Na história da educação, já representou o papel de mocinho e de bandido.  O PNLD – Programa Nacional do Livro Didático –  evidencia a preocupação nacional para com este material, uma vez que sua influência, na formação do aluno, é inegável.   Muitas discussões, motivadas pelo programa de avaliação nacional, foram realizadas e, hoje, já encontramos livros com propostas bastante inovadoras. Um exemplo deste tipo é a coleção Português: uma proposta para o letramento, com a qual iremos trabalhar.   A escolha dos gêneros instrucionais contemplados por esta coleção foi motivada, principalmente, pelas informações que este trabalho poderá nos dar a respeito da abordagem realizada destes gêneros nos manuais didáticos, uma vez que estamos iniciando uma pesquisa de maior amplitude com o gênero instrução de uso.   Dessa forma, realizando uma analise qualitativa e quantitativa, objetivamos investigar (i) a contemplação dos gêneros instrucionais frente aos demais gêneros selecionados na coleção, e (ii) o desdobramento dos gêneros instrucionais para a escola mediante uma proposta para o letramento.

 

1.        Ensino e gêneros discursivos

O ensino de língua portuguesa, enquanto língua materna, se justifica prioritariamente pelo propósito de desenvolver a competência discursiva dos usuários, ou seja, a capacidade de empregar a língua adequadamente nas mais diversas situações de interação social (cf. Travaglia, 1998).   A viabilização dessa interação é estabelecida pela verbalização de enunciados, que, em outras palavras, correspondem aos gêneros discursivos, uma vez que são concebidos como formas relativamente estáveis de enunciado constituídas por unidade temática, estilo verbal e construção composicional (Bakhtin, 2000).

Os PCNs, objetivando uma formação do discente para o exercício da cidadania, plena participação social, estabelecem o texto como unidade de ensino.   Dessa forma, é responsabilidade da escola viabilizar o acesso dos alunos aos mais diversos gêneros textuais que circulam em nossa sociedade, no intuito de ensinar a produzi-los e a interpretá-los.   Ainda de acordo com os parâmetros, é importante ressaltarmos que os usos públicos ou as práticas sociais da escrita para um objetivo específico irão determinar o grau de letramento do discente, do qual dependerá uma maior ou menor responsabilidade da escola em promover o acesso do aluno aos saberes lingüísticos, capacidade de interpretar e produzir diferentes textos que circulam socialmente.

A articulação entre as práticas sociais de linguagem e a transposição dos gêneros para a sala de aula faz surgir um desdobramento, pois os gêneros, além de se caracterizarem como instrumento de comunicação, passam a ser vistos como objeto de ensino/aprendizagem (cf. Schneuwly & Dolz, 1999:9).   De acordo com Schneuwly & Dolz (1999), três usos do gênero discursivo na escola podem ser feitos, os quais afetarão a funcionalidade comunicativa.   O primeiro corresponde ao ensino progressivo linear do gênero no intuito de instruir os alunos a dominá-lo, caracterizando-se como uma abordagem puramente representacional, não comunicativa.   O segundo uso corresponde a um trabalho em que o gênero não é descrito, prescrito, nem tematizado, mas a situação de comunicação da sala de aula é vista como geradora de gêneros, ou seja, os alunos produzem textos para a escola sem utilização de modelos externos.   O terceiro uso corresponde à negação das situações escolares como lugares de comunicação, “o que é visado é o domínio, o mais perfeito possível, do gênero correspondente à prática de linguagem para que, assim instrumentado, o aluno possa responder às exigências comunicativas com as quais ele é confrontado” (Schneuwly & Dolz, 1999:9).   É inegável que, ao se transpor os gêneros para a sala de aula, ocorrerá transformação, no entanto não podemos esquecer que o desdobramento enriquecerá o trabalho didático desenvolvido.

 

2.        Gêneros instrucionais

Estamos definindo os gêneros instrucionais como formas relativamente estáveis de enunciados reais que podem estabelecer uma relação dialógica de ordem-execução, haja vista que o aconselhamento, a orientação e a advertência também constituem o discurso destes enunciados. Como exemplificação, podemos elencar instruções de uso, instruções de montagem, receita, regulamento, regras de jogo, consignas diversas, textos prescritivos, dentre outros.

No tocante ao nosso interesse pelos gêneros instrucionais, ressaltamos que fomos motivados pelo fato destes gêneros estarem bastante presentes no nosso cotidiano.   Nos lugares públicos como ruas e banheiros, encontramos placas para regular nosso comportamento; nos caixas eletrônicos, somos orientados por instruções; em nosso lar, encontramos as mais diversas instruções de uso presentes nas embalagens ou rótulos de diversos produtos, como eletrodomésticos, alimentos e material de limpeza; nos momentos de diversão, claro, eles também estão presentes, pois nossas ações nos jogos são controladas por regras.   Um fato a ser mencionado é que nós não apenas lemos instruções em nosso cotidiano, mas também as produzimos, um exemplo são as muitas informações que damos para nossos interlocutores chagarem a uma dada localidade.

Os PCNs do ensino fundamental 1 sugerem que o trabalho com a linguagem escrita no 1o ciclo contemple as instruções de uso e receitas[1], quanto ao trabalho com a linguagem oral, são mencionadas apenas instruções.   Para o trabalho com a linguagem escrita no 2o ciclo não é mencionado gênero instrucional algum, porém, assim como no 1o ciclo, as instruções são sugeridas para o desenvolvimento do trabalho com a linguagem oral.

 

3.        Caracterização da coleção analisada

Analisamos a coleção Português: uma proposta para o letramento, composta por cinco volumes, sendo os de 1a a 4a série de autoria de Magda Soares, e o da Alfabetização, de autoria de Gladys Rocha, sob a supervisão de Magda Soares.   Defendendo a concepção de língua como discurso, Soares, no manual do professor, afirma que “tornar-se alfabetizado significa adquirir uma tecnologia, a de codificar em língua escrita e de decodificar a língua escrita”, a autora complementa dizendo que “não basta a alfabetização, é preciso atingir o letramento, que pode ser definido como o estado ou condição de quem não só sabe ler e escrever, MAS exerce as práticas sociais de leitura e de escrita que circulam na sociedade em que vive, conjugando-as com as práticas sociais de interação oral.”(1999:3)   É importante mencionarmos o comentário da autora referente à transformação sofrida pelo gênero ao ser transposto para o livro didático.   Na coleção, faz-se uma tentativa de preservação da forma original de apresentação dos textos.   Também é ressaltado que se procurou fazer uma seleção dos diversos gêneros mais freqüentes e necessários nas práticas sociais de leitura.

 

4.        Análise do material

A primeira análise que realizamos foi essencialmente quantitativa, pois objetivamos verificar a contemplação dos gêneros instrucionais frentes aos demais gêneros selecionados na coleção.   A princípio, utilizamos os cinco agrupamentos de gêneros (descrever ações, narrar, relatar, argumentar, expor) enfocados por Dolz & Schneuwly (1996:11) para quantificarmos.   No entanto, percebemos que vários textos ficariam de fora, uma vez que muitos gêneros publicitários/comerciais e poéticos seriam deixados de lado, pois não poderiam ser inseridos nos agrupamentos.   Dessa forma, acrescentamos mais dois agrupamentos, os quais contemplariam os gêneros que haviam ficado de fora (publicitário/comercial e poesia)[2].   A tabela abaixo evidencia que, de maneira geral, os gêneros instrucionais, que correspondem aos textos inseridos no agrupamento descrever ações, são os menos contemplados na coleção, representando 7.1% dos textos selecionados nas cinco séries.   As séries que possuem uma maior quantidade de gêneros instrucionais correspondem às pertencentes ao 1a ciclo (1a série – 11.6% e 2a série – 7%), coincidindo com a sugestão de trabalho com a linguagem escrita mencionada nos PCNs.   A contemplação dos gêneros instrucionais no 2o ciclo (3a série – 1.6% e 4a série – 5.4%) é pouco representativa frente à contemplação de outros gêneros nos demais agrupamentos, o que, de alguma forma, também coincide com as informações dos PCNs, pois não há sugestão de contemplação de gêneros instrucionais no trabalho com a linguagem escrita neste ciclo.   É válido ressaltar que não registramos a contemplação de instruções no trabalho com a oralidade, como sugerem os PCNs.    O número de ocorrência de gêneros textuais nos agrupamentos do narrar, relatar, publicitário/comercial e poesia, de uma forma geral, sofre poucas flutuações ao longo das séries, enquanto que, nos outros agrupamentos, há uma inversão da quantidade de gêneros selecionados.  A medida que a ocorrência de texto pertencentes ao agrupamento do argumentar e expor vai aumentando ao longo das séries, a ocorrência dos textos pertencentes ao agrupamento do descrever ações vai diminuindo.  O livro que mais contempla os gêneros instrucionais diante dos demais é o livro da Alfabetização (11.9%).

 

 

 

Descrever Ações

Narrar

Relatar

Argumen tar

Expor

Publicitá

rio

Comercial

Poesia

Alfa

11.9

23.8

4.7

2.3

11.9

26.1

19

 

1 a Série

11.6

20

10

6.6

18.3

20

13.3

 

2 a Série

7

21.1

14

5.6

15.4

21.1

15.4

 

3a Série

1.6

22.9

21.3

8.1

19.6

9.8

16.3

 

4 a Série

5.4

10.9

9.5

20.5

20.5

12.3

20.5

 

 

Total

7.1

19.2

12.3

9.4

17.5

17.2

16.9

 

%

%

%

%

%

%

%

 

 

A análise das atividades propostas com os textos instrucionais contemplados pela coleção possibilitou-nos constatar que o trabalho de leitura é mais priorizado que o trabalho de produção textual.   As atividades de leitura desenvolvidas estão inseridas em duas vertentes.   Na primeira,  de forma bastante produtiva, são explicitadas várias questões referentes à dimensão formal e funcional do gênero a serem respondidas pelos alunos.   Não há uma seção específica em que este trabalho seja desenvolvido, no entanto, geralmente, esta primeira vertente de trabalho de leitura antecede a segunda, pois a primeira, ao nosso entender, é proposta como uma espécie de preparação para a atividade seguinte.   A segunda vertente do trabalho desenvolvida, mais tradicional, porém não menos importante que a anterior, corresponde ao trabalho de compreensão do conteúdo informativo do texto.

O gênero instrucional também é utilizado para desenvolver atividades lúdicas na sala de aula.   Isso ocorre quando o gênero é um dos principais textos da unidade temática ou não.  Objetivando explorar o lúdico, a autora procura trabalhar o texto com a mesma finalidade que lhe é inerente na vida cotidiana.   Na orientação ao professor, ao lado de um exercício em que é solicitado que o aluno leia um texto instrucional que ensina como desenhar o Menino Maluquinho, conhecido personagem do escritor Ziraldo, a autora afirma: “nesse exercício, além da dimensão lúdica do desenho, o objetivo é trabalhar com o texto instrucional da forma em que ele normalmente é utilizado no nosso dia-a-dia: passo a passo, para atingir determinado objetivo”.   Este tipo de atividade é destacado como uma forma de se trabalhar a interpretação textual.   A autora também sugere que, neste exercício, o professor chame a atenção do aluno para a relação texto-imagem, porém em momento algum este fato é destacado como uma característica intrínseca a este gênero textual.  

Uma outra abordagem dada ao trabalho com os gêneros instrucionais, a qual exemplificamos abaixo, trata-se da utilização do gênero para discutir temas transversais e realizar sutis análises lingüisticas, resultando, algumas vezes, numa produção textual.   Um dos temas transversais trabalhados a partir da proposta de atividade com gêneros é Educação para a Saúde, que pode ser constatado a partir do trabalho do texto exemplificado em anexo.

O trabalho com o texto em anexo é iniciado com a exploração da sua fonte, ou seja, é motivada uma discussão sobre a funcionalidade do jornal e, conseqüentemente, do suplemento e da instrução.   Aspectos lingüísticos mais pontuais são trabalhados a partir do direcionamento que é feito para as partes formais que compõem o gênero, ocorrendo sempre através de exercícios.   A questão 3 da exemplificação em anexo, quando solicita que o aluno dê um título aos blocos de instruções que compõem o texto, possibilita o avanço no conteúdo temático do gênero, afinal “analisar títulos, sugerir títulos, justificar títulos diversos para textos é uma forma de trabalhar os conteúdos globalmente.” (Marcuschi, 2001:57) (grifo nosso)   A questão 5, ao contemplar o exercício de produção textual, possibilita que o aluno reproduza o conteúdo de uma forma de apresentação da instrução para outra, a lista.   Atividades deste tipo buscam o desenvolvimento da compreensão e produção textual consecutivamente.   Na orientação ao professor, ao lado do exercício, a autora afirma “este exercício tem um duplo objetivo: um objetivo formativo, levando os alunos a sistematizar numa lista, os cuidados que devem ter, permitindo integração com a área de Educação para a Saúde; um outro objetivo de aprendizagem lingüística, levando-os a intuir a estrutura lingüística do imperativo, e seu uso em texto de instrução.”   Em outras ocasiões de trabalho com gêneros instrucionais, são feitas outras propostas de produção textual.   No livro 1, por exemplo, após se sistematizar uma análise das partes formais que caracterizam uma  receita (ingredientes e modo de fazer), é solicitada aos alunos a redação de um texto do mesmo gênero.  

 

5. Considerações finais

Não podemos negar que um trabalho desse porte possa contribuir e muito para o desenvolvimento da competência discursiva do aluno. Se fizéssemos uma análise comparativa desse material com outros que tínhamos há alguns anos atrás, teríamos, sem sombra de dúvida, um resultado que comprovaria um avanço, que, por sua vez, evidenciaria os frutos de muitas pesquisas e discussões sobre livros didáticos.   No entanto, questionamos a produtividade da priorização de alguns agrupamentos de gêneros em detrimento de outros de acordo com as séries, o que ficou evidente na primeira parte da análise dos dados.   Questionamos, inclusive, as sugestões propostas pelos PCNs de contemplação dos gêneros de acordo com as séries.   No tocante à transformação que os gêneros sofrem ao serem transpostos para sala de aula, constatamos que a mesma é inevitável, pois a função da escola pressupõe uma abordagem diferenciada.  A transformação não desvaloriza o texto, ademais acreditamos que o trabalho realizado evidencia o proveito da proposta.  Infelizmente, devido a outras prioridades, em algumas atividades que possibilitam reflexão sobre gêneros, o trabalho com as características, o destinatário, o emissor e, até mesmo, a função dos gêneros foi deixado de lado.  Enfim, devido às sutis atividades de análise lingüística sugeridas, como a proposta de levar o aluno “a intuir a estrutura lingüística do imperativo, e seu uso em texto de instrução”, questionamo-nos quanto ao papel da gramática numa proposta de trabalho com gêneros discursivos nas aulas de língua materna.   Esse questionamento fica como tarefa, ou melhor, como grande desafio, para as nossas pesquisas vindouras.

 

 

RESUMO: Considerando a proposta dos PCNs de contemplação da diversidade de gêneros discursivos nas aulas de língua materna, objetivamos realizar uma análise quantitativa e qualitativa da abordagem dos gêneros instrucionais no livro didático. Estamos definindo gêneros instrucionais como formas relativamente estáveis de enunciados que podem estabelecer uma relação dialógica de ordem-execução.

 

PALAVRAS-CHAVE: Livro didático; gêneros instrucionais; letramento.

 

 


ANEXO*

 


(...)

 “3.  Se você quisesse substituir a faixa colorida acima de cada instrução por um título, que título escreveria:

¨       No lugar da faixa azul escuro?

(...)

5.  Releia as instruções e vá fazendo em seu caderno a lista das coisas que devemos ou não devemos fazer. Veja o começo da lista e complete-a:

1.        Não trate os animais como bonecos.

2.        Mantenha as pontas e as lâminas que cortam longe de seu corpo.”

(...)

 (SOARES, Magda. Português: uma proposta para o letramento. São Paulo: Moderna. Livro 2, p. 137 e139, 1999)

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

DOLZ, Joaquim.; SCHNEUWLY,Bernard. Genres et progression en expression orale et écrite. Eléments de réflexions à propos d’une expérience romande. Enjeux, 1996. p. 31-49, 1996.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. A. Compreensão de textos: algumas reflexões. In: Dionisio & Bezerra (orgs.) O livro didático de português. Rio de Janeiro: Lucerna. p. 46-59, 2001.

_____  A gramática e o ensino de língua no contexto da investigação lingüística. In. BASTOS, N. B.(org.) Discutindo a prática docente em língua portuguesa. São Paulo: IP-PUC/SP. p. 83-94, 2000.

PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS. Ensino Fundamental (1a a 4a série). Brasília, MEC, 1997.

SCHNEUWLY, Bernard.; DOLZ, Joaquim. Os gêneros escolares: das práticas de linguagem aos objetivos de ensino. In: Revista Brasileira de Educação. ANPED, nº 11, p. 5-16, 1999.

ROCHA, Gladys. Português: uma proposta para o letramento. São Paulo: Moderna. Alfabetização, 1999.

SOARES, Magda. Português: uma proposta para o letramento. São Paulo: Moderna. Livros 1, 2, 3 e 4, 1999.

TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática no 1º e 2º graus. São Paulo: Cortez, 1998.

 



* Texto desenvolvido como trabalho final da disciplina Produção Escrita em Língua Materna (LP116), ministrada pela professora Dra. Raquel Salek Fiad, UNICAMP – pós-graduação em Lingüística Aplicada (1o Semestre, 2002).

 

[1] Também é sugerido o trabalho com textos em embalagens e em rótulos, o que, evidentemente, inclui as instruções de uso e receitas.

[2] Atualmente, já se cogita a existência de um agrupamento denominado poetar.

* O texto exemplificado corresponde apenas a um dos blocos de instrução que constitui o gênero transposto para o livro didático.