Comentários

Olá, Alline. Muito obrigado por suas perguntas. Realmente, até o momento não foram encontradas orações relativas introduzidas pelos pronomes relativos “como” e “cujo” no córpus. De forma geral, pelo que foi observado nos textos orais e escritos selecionados para esse estudo, “como” desempenha, por exemplo, as funções de advérbio, preposição e conjunção. Em termos discursivo-funcionais, para ser um pronome relativo, deve retomar a categoria semântica Modo (m), atuar como modificador da Propriedade Configuracional e desempenhar a função "Manner" (Maneira). Atentando-se ao relativo “cujo”, acredita-se que esse instrumento gramatical costuma ser utilizado em gêneros mais monitorados e que exigem uma elevada sofisticação linguística, o que dificilmente ocorre em diálogos entre informante e documentador e em textos escritos por alunos do Ensino Fundamental II. Com base nos dados em investigação, verifica-se que os pronomes relativos são empregados de acordo com o que estabelece a literatura linguística na maioria dos casos, embora haja uma quantidade significativa de relativas cortadoras, especialmente quando o relativo “que” retoma a categoria semântica Tempo (t). É importante apontar que foram coletadas orações relativas introduzidas pelo relativo “onde” que não obedecem ao que propõem as gramáticas tradicionais e de referência, como no exemplo a seguir, extraído do “Banco de Dados Iboruna”, coordenado pelo Prof. Dr. Sebastião Carlos Leite Gonçalves (Proc. 03/08058-6). Nessa ocorrência, há o uso da preposição “de”, que, conforme as normas gramaticais, é dispensável, uma vez que o predicado “morar” exige um argumento locativo, antecedido pela preposição “em”, que já está incorporada por “onde”. Inf.: ah:: o irmão dele morava do lado da casa/ do do/ da onde meu pai mora... de:: de onde a mãe do meu pai morava... [Doc.: hum]… (AC-015; NE: L. 150-152) Um abraço.

Obrigado pela resposta, Juan. Uma pena haver somente duas ocorrências. As copiadoras me parecem muito raras mesmo. Abraços.

Olá Ruan, parabéns para você e sua orientadora Prof.ª Dr.ª Erotilde Goreti Pezatt pelo trabalho interessante e relevante. Achei curioso não ter aparecido o "como e cujo" nos seus dados, você tem alguma hipótese do motivo? E também gostaria de saber se nos que você encontrou até o momento se eles são usados de acordo com o que propõe a literatura linguística que é uma das perguntas que você levanta. Novamente, parabéns pela pesquisa espero que a publique quando finalizada.

Olá, Gabriel. Muito obrigado por seu comentário. Infelizmente, foram encontradas somente duas ocorrências de relativas copiadoras no córpus. Nesses dados, observa-se, por exemplo, que o pronome relativo "que" retoma a categoria semântica Indivíduo (x), atua como argumento (h) da Propriedade Configuracional e desempenha a função Locativo (L). Um abraço.

Olá, querido Juan. Fiquei muito entusiasmado com sua pesquisa. Uma pergunta: você já encontrou alguma possível funcionalidade que desencadeie a estratégia de relativização copiadora? Isso muito me intriga. Parabéns pelo trabalho!

Obrigado por sua atenção, Carolina. Desejo-lhe muito sucesso. Um abraço.

Parabéns, Juan, pelo painel! O tema é muito interessante e estou ansiosa para ler o trabalho completo!

Muito obrigado por seu comentário, Rosa Yokota. Fico feliz que tenha gostado de minha pesquisa em desenvolvimento. Um abraço.

Parabéns, Juan Prete, pela sua pesquisa. Espero que vc a finalize e a divulgue amplamente, pois o uso das relativas no PB é um tema instigante, gera muitas dúvidas sobre o que realmente é usado e para quê. Além disso, entender o uso das relativas no português é importante para professores de linguas estrangeiras em geral, que 'sofrem' para ensinar este tema exatamente pela dificuldade que temos sobre o uso no PB.

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